Em Goiás, o PCB e seus coletivos tem se empenhado na construção do 1º de Maio classista e unificado, como parte da agenda de luta e mobilização em defesa dos direitos e liberdades democráticas, com a compreensão de que essa data deve ser celebrada enquanto materialidade da unidade do campo popular. Portanto, sem a participação de partidos e políticos burgueses!
A comemoração do 1º de Maio – que tem como referência basilar os protestos que trabalhadoras e trabalhadores de Chicago (EUA) realizaram 1886 – foi criada em lembrança e homenagem às lutas que a classe desenvolveu historicamente contra a exploração econômica, a dominação política e a opressão ideológica que o capital realiza contra ela. É uma data voltada para o resgate das lutas históricas da classe trabalhadora, bem como das/os suas/seus lutadoras/es históricas/os.
Para nós comunistas, o 1º de Maio é também uma data de reafirmação da necessidade de assegurar a independência e autonomia da classe trabalhadora frente à classe dominante, de defender o internacionalismo proletário e de reafirmar o socialismo como objetivo estratégico. Como parte da classe trabalhadora, empenhamos para que trabalhadoras e trabalhadores elaborem pautas de lutas voltadas para garantir e ampliar direitos, aprofundar a organização coletiva e sedimentar uma consciência de classe emancipatória, mas sempre como parte da construção de uma contra-hegemonia que tem o horizonte estratégico acima indicado.

O 1º de Maio de 2021 será mundialmente marcado pelo acirramento da crise sistêmica do capitalismo e da tragédia humanitária acarretada pela Covid-19. Milhões estão jogados nas ruas como desempregados, desalentados e indigentes. Aqueles que encontram trabalho vêem o poder de compra dos seus salários corroído pela inflação. A pandemia, por sua vez, ceifou mais de 3 milhões de vidas em termos mundiais e alcança a casa de 400 mil mortes no Brasil.
A sociedade brasileira foi colocada no epicentro mundial da queda dos níveis de vida e da pandemia. O Governo Bolsonaro-Mourão-Guedes foi capaz de colocar mais da metade da classe trabalhadora no desemprego, subemprego e indigência por meio de ajuste fiscal ultraneoliberal, desmonte das políticas públicas e corte de gastos sociais. Por meio do negacionismo frente à pandemia, da sabotagem ao distanciamento social, de divulgação de medicações e tratamentos falsos e de protelação na compra de vacinas, gerou uma antipolítica sanitária genocida.
O 1º de Maio de 2021 tem que reafirmar a luta pelo impeachment do Governo Bolsonaro-Mourão-Guedes e contra a sua política econômica e social genocida. Também tem que ser espaço para reafirmar a defesa do auxílio emergencial de, no mínimo, R$ 600,00, vacina para todas/os pelo SUS e a quebra de patentes de vacinas e medicações voltadas para o tratamento dos enfermos.
Esse 1º de Maio também tem que denunciar a conspiração autoritário-fascista, conduzida às claras! Mas também deve ser um espaço, de debate franco e transparente, de contraposição às políticas de conciliação de classes e de perspectiva de reedição de partido de extração popular como operador político da hegemonia burguesa! Realidade do nosso passado recente, co-determinante da derrota política que a classe trabalhadora sofreu nos últimos 5 anos, que abriu portas para o ataque à representação política e direitos dos trabalhadores e o avanço das falanges autoritário-fascistas sobre a sociedade civil e o Estado. Realidade que, inclusive, faz-se presente na comemoração nacional do 1º de Maio de 2021, quando centrais do campo popular trazem para essa comemoração, partidos e políticos burgueses que se empenharam na implementação do Golpe de Estado de 2016 e na aprovação das contrarreformas subseqüentes, e que compõem a base de sustentação do Governo Bolsonaro-Mourão-Guedes e suas políticas.
Próximos de comemorar nosso centenário de luta e resistência, o PCB e seus coletivos reafirmam que o atual contexto está marcado por uma crise socioeconômica estrutural de longa duração, uma destruição ambiental que está a liquidar ecossistemas e uma crise sanitária sem paralelo desde a Era Moderna. Para fazer frente a essa realidade, o PCB e seus coletivos estarão engajados, como parte da classe trabalhadora, no desenvolvimento do trabalho de base nos locais de trabalho, estudo e moradia, na realização de um encontro nacional de reorganização na classe trabalhadora (ENCLAT), na construção de um movimento de frente ampla das forças do campo popular e na edificação de um programa mínimo classista, popular e antiimperialista capaz de apontar um sentido estratégico para a classe!
Vacinação para todas/os! Por direitos sociais e trabalhistas! Em defesa das liberdades democráticas! Pelo Poder Popular e pelo Socialismo!
Partido Comunista Brasileiro Goiás
Corrente Sindical Unidade Classista
União da Juventude Comunista
Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro