
PCB E COLETIVOS NAS RUAS PARA DERROTAR BOLSONARO, MOURÃO E O CAPITALISMO!
Entramos em 2022 numa situação de continuidade da tragédia vivenciada pela classe trabalhadora mundial. A pandemia da covid-19 aprofundou a crise estrutural do sistema capitalista, intensificando a exploração, miséria e sofrimento de centenas de milhões de trabalhadores e de trabalhadoras. Situação que se faz acompanhada da intensificação de guerras diretamente conduzidas ou terceirizadas por parte do Imperialismo Euro-Americano, hávido por controlar recursos naturais e destruir qualquer Estado que procure se libertar do seu jugo.
No Brasil, essa crise foi intensificada com a política assassina e corrupta, a serviço dos milionários, de Bolsonaro/Mourão. Crise que se fez acompanhada por uma pandemia que se desenvolveu tendo à frente um governo que negava a sua existência e que sabotava vacinação e promoção de políticas protetivas, redundando em mais de 660 mil mortes. Também foi intensificada pela continuidade do programa de privatizações e dos ataques desse governo de milicianos ao que resta dos nossos direitos.
O desemprego mantém 11% da população sem qualquer forma de trabalho, atingindo diretamente 20 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Os subempregados já totalizam 40 milhões. Quem está empregado/a ou subempregado/a, em decorrência da reforma trabalhista, passou a receber menos, o que levou à queda da renda familiar.
Os preços dos combustíveis e do gás não param de aumentar, com o diesel tendo crescimento de 24,9%, a gasolina 18,8% e o gás de cozinha 16,1%. Essas elevações têm concorrido para o crescimento da inflação, que em 2021 foi de 10,79% e que deve alcançar esse patamar em 2022.
No país, 19 milhões de pessoas passam fome diariamente e 116,8 milhões se encontram em estado de insegurança alimentar. Para além da piora nas condições de vida da classe trabalhadora, aumentou a população marginalizada. Sob um déficit de moradias e de saneamento básico gigantesco, aqueles e aquelas que resistem a esse quadro por meio de ocupações de lotes e prédios abandonados convivem com ameaças e despejos.
A educação brasileira também sofreu ataques implacáveis desse governo. A educação básica teve cortada R$ 402 milhões da dotação orçamentária que havia sido aprovada no Congresso Nacional. O conjunto dos vetos desse governo redundou na perda de R$ 739,8 milhões à educação. Presenciamos o afastamento de crianças, adolescentes, jovens e adultos da classe trabalhadora das escolas, institutos e universidades. Por fim, sucessivas gestões do MEC, descomprometidos com a manutenção e ampliação de pautas progressistas da educação, protegem interesses privatistas e clientelistas, bem como reproduzem corrupção.
O quadro de fome, desemprego e carestia, somado às antipolíticas sociais do governo Bolsonaro, à exemplo da que está em curso na educação, demanda a condução de um conjunto de lutas sindicais e populares com base em um programa reivindicativo classista. Os trabalhadores e as trabalhadoras da educação da Rede Pública Municipal de Goiânia em greve, desmascarando o Prefeito (privatista, repressor e manipulador de licitações) Rogério Cruz, tendo à sua frente o Sintego e o Simsed, bem como o movimento de luta por concurso público nas Redes Públicas de Educação Estadual e Municipal de Goiânia, tendo à frente a entidade e movimento Observatório da Educação, nos tem proporcionado bons exemplos de como devem ser conduzidas nossas lutas.
Para o PCB e seus coletivos temos que enfrentar os banqueiros, acionistas da Petrobrás, latifundiários e todo tipo de parasita capitalista, posto que estão batendo recordes de lucro à custa da classe trabalhadora. Devemos manter e ampliar as manifestações e as ações de solidariedade com os setores mais atingidos pela carestia, fome e miséria; e construir mobilizações e greves nas categorias que estão sendo frontalmente atacadas.
Nesse contexto se insere a luta por uma CONFERÊNCIA/ENCONTRO/PLENÁRIA NACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA, baseada na verdadeira democracia operária, que convoque todos os sindicatos de trabalhadores do Brasil e que também tenha a participação dos movimentos populares e da juventude, com o objetivo de analisar a conjuntura, construir um programa e um calendário de luta nacional, inclusive com a convocação de uma greve geral para derrotar Bolsonaro e preparar a classe trabalhadora para todas as lutas que virão, para muito além das eleições.
Essa luta de resistência e organização da classe deve ser norteada por meio do fortalecimento do debate programático, que contemple medidas e bandeiras de caráter popular, anti-capitalista e antiimperialista, com os setores organizados e com o conjunto da classe trabalhadora. Programa que requer a construção de políticas de alianças com partidos, entidades e movimentos do campo operário e popular, com base em uma política de independência de classe. Isto porque políticas de colaboração de classes desorganizam a classe trabalhadora, promovem a passivização da sua consciência, semeiam ilusões quanto ao caráter de classe do Estado burguês e a submetem à institucionalidade burguesa. Não por acaso, essa política, que vigorou entre 2003 e 2016, se constituiu em um dos elementos que determinaram a criação das condições do Golpe de Estado de 2016 e consequentemente a aprovação das contrarreformas implementadas contra a classe trabalhadora.
O PCB e seus coletivos reafirmam: a classe trabalhadora tem que se organizar de forma independente e autônoma; e caminhar politicamente, dentro e fora das conjunturas eleitorais, de mãos dadas somente com as representações partidárias e sociais da própria classe! Jamais caminhar de mãos dadas com frações burguesas, patrocinando políticas de conciliação de classes!
Dia 09 de Abril: Dia Nacional de Mobilização “Bolsonaro Nunca Mais!
Contra o aumento dos combustíveis e do gás!
Não à fome e ao desemprego!
TODOS (AS) ÀS RUAS NO DIA 09 DE ABRIL PARA REIVINDICAR:
• SUS 100% estatal, público, universal, gratuito e de qualidade;
• Tabelamento dos preços dos gêneros de primeira necessidade e tarifas de serviços essenciais (eletricidade, saneamento, transporte público etc);
• Nenhuma ação de despejo das comunidades que lutam legitimamente em defesa da moradia popular;
• Revogação imediata da emenda constitucional do teto dos gastos e das contrarreformas trabalhista e previdenciária;
• Rejeição completa da Reforma Administrativa;
• FORA BOLSONARO e MOURÃO!
PELO PODER POPULAR, RUMO AO SOCIALISMO!