Agricultura e economia

Quase todas as candidatas e candidatos defendem a expansão do agronegócio como
solução para os problemas econômicos e sociais do estado, devendo, portanto, receber
verbas e políticas públicas. Porém, o agronegócio acarreta baixos salários, desemprego,
inflação, concentração fundiária, êxodo rural, desmatamento, uso predatório da água,
envenenamento ambiental-alimentar, priorização do mercado externo e primarização
industrial.

Goiás é um dos “celeiros do mundo” pela via do agronegócio, priorizando o mercado
externo e proporcionando superlucros aos empresários, que exportam e usufruem de
isenções fiscais. Todavia, para a massa da população goiana, só gera fome e insegurança
alimentar por conta da escassez e dos preços elevados de alimentos. Também priva o
Estado de recursos fiscais que poderiam financiar serviços públicos.

A indústria ligada ao agronegócio também é socialmente perversa e ambientalmente
destrutiva, pois polui muito, paga mal e faz uso de máquinas e equipamentos altamente
nocivos à saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores, causando muitos acidentes e
adoecimentos crônicos.

A agricultura familiar, por sua vez, tem papel central na produção de alimentos a baixo
custo, não agride o meio ambiente, favorece a autossuficiência de pequenos produtores
e desestimula o êxodo rural. No entanto, sofre boicote do governo, dos bancos e do
comércio, padece com endividamento, dificuldades de transporte e acesso ao mercado,
além de não ser priorizada na pesquisa e na assistência técnica.

Para o PCB, o caminho para superar a crise econômica e social que afeta diretamente
Goiás passa, necessariamente, por uma reforma agrária popular, pelo apoio à agricultura
familiar com financiamento, assistência técnica, criação de infraestrutura e por uma
política de abastecimento de escolas, creches e hospitais públicos, presídios,
restaurantes populares etc. Também passa pelo combate à depredação ambiental, ao uso
indiscriminado de agrotóxicos, à privatização de recursos naturais e ao trabalho precário
presente na agropecuária capitalista e nos complexos agroindustriais.

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