ECONOMIA URBANA E TRABALHO


A primazia do agronegócio na economia goiana faz com que os outros setores reproduzam suas características mais perversas como o concentracionismo, o desemprego, o arrocho salarial e a precarização do trabalho. Essa primazia também dá sustentação aos fundamentos políticos, sociais e culturais que geram obstáculos à organização e mobilização da classe trabalhadora contra essas características.

No comércio, nos serviços e na indústria não vinculados ao agronegócio predominam o monopólio de grandes empresas, reduzindo o espaço dos pequenos negócios e encarecendo o preço das mercadorias. Isto gera baixa absorção de mão de obra, submetendo 42% da classe trabalhadora goiana ao desemprego e ao subemprego. Também gera alta rotatividade de mão de obra, baixos salários e condições de trabalho precarizadas, baseadas na subcontratação ou mesmo na informalidade. Situação de precariedade e informalidade ainda mais acentuada nas pequenas e médias empresas.

Além disso, são setores incapazes de gerar uma dinâmica econômica própria, autônoma frente às variações econômicas do mercado internacional de commodities, sendo altamente dependentes de financiamento e de renuncia fiscal concedidos pelo governo estadual. Viabilizam sua lucratividade graças ao controle do mercado, à superexploração do trabalho, ao acesso a recursos públicos e às relações promíscuas com os donos do poder.

Aos trabalhadores em situação de desemprego ou subemprego restam o “bico”, ou seja, atividades de contrato temporário, sem direitos e sob alta rotatividade, ou ainda atividades autônomas no comércio ambulante e na prestação de serviços domésticos.

Com o objetivo de reverter esta realidade o PCB propõe: fim da renúncia fiscal e do financiamento subsidiado para as grandes empresas; reestatização do setor de energia elétrica; estatização das empresas que abandonarem o estado após o fim da renúncia fiscal; criação de empresas estatais que, sob controle dos trabalhadores, produzam bens industrializados de consumo popular; financiamento dos pequenos produtores e comerciantes; apoio à cooperativas populares de produção, distribuição e consumo; e criação de pólos de economia popular em todas as regiões do estado.

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